A mobilidade empresarial é uma expressão que descreve uma recente alteração nos hábitos de trabalho. Alteração esta que tem vindo a ser levada a cabo pelos colaboradores das empresas que, cada vez mais, trabalham fora do escritório e usam os dispositivos móveis e serviços cloud para desempenharem tarefas relacionas com a sua atividade profissional.
Mas a expressão, não tem apenas a ver com a utilização de MacBooks, smartphones e tablets nas empresas. A questão é também a mobilidade dos dados da empresa. Um colaborador pode copiar um conjunto de documentos da empresa do seu computador para um serviço pessoal de armazenamento na cloud e assim, mais tarde, terminar o seu trabalho confortavelmente a partir do seu iPad. Esta revolução que para muitos é a maior desde o aparecimento da internet, é imparável e coloca enormes desafios às organizações. Se por um lado a produtividade aumenta, por outro a segurança pode estar em risco e é da responsabilidade dos departamentos de TI a definição de uma estratégia de mobilidade empresarial bem sucedida. Tecnologias como Mobile Device Management, Information Rights Management, Data Loss Prevention e Indentity management estão disponíveis e podem ajudar nesta estratégia.
A clássica divisão de vida profissional, vida pessoal está a desparecer. Hoje fala-se de integração da vida pessoal com a vida profissional: Os dias são divididos em pequenas fatias de minutos preenchidas alternadamente quer com assuntos pessoais quer com assuntos profissionais.
Colaboradores que podem dar uma espreitadela ao Facebook, pagar umas contas no seu home banking pessoal, resolver problemas familiares ou até dar uma saltada ao ginásio no horário de trabalho? Sim. São os mesmos que assim que acordam leem e respondem a e-mails de trabalho do seu smartphone pessoal, que vão no automóvel ou nos transportes públicos a efetuar chamadas telefónicas profissionais, que durante o almoço verificam o e-mail duas ou três vezes e que à noite, depois de deitarem as crianças, retomam o trabalho que iniciaram durante o dia no escritório e ainda limpam o seu inbox. Alguns confessam que aproveitam também o fim-de-semana para colocar algum trabalho atrasado em dia.
Isto não é ficção, são turnos de 24x7. É a isto que estamos a assistir. A expetativa é que a informação e aplicações que usamos no escritório funcionem também a partir de casa, em viagem ou num cibercafé suspeito em Amesterdão.
Quanto mais cedo as Organizações reagirem, menos estarão expostas. Isto porque como referi atrás este movimento é imparável e está a crescer. Os Colaboradores não vão esperar pelo departamento de TI quando nos seus dispositivos têm disponíveis varias Apps de consumo que lhes permitem efetuar o seu trabalho de forma mais eficiente. As Organizações mais atentas, estão a preparar-se e já começam a oferecer nas app stores aplicações de negócio seguras e que funcionam da mesma forma intuitiva e simples que as apps de consumo.
Apesar do arranque estar dado, tornar as TI empresariais mais próximas das TI de consumo é um desafio gigante e que ainda agora dá os seus primeiros passos. Não é por acaso que a Microsoft adotou como visão a frase “mobile first, cloud first”.