O Azure Hybrid Use Benefit (HUB) é um benefício que a Microsoft oferece permitindo diminuir os custos de subscrição de Virtual Machines no Azure. O HUB está disponível desde Fevereiro de 2016 e por isso já não é uma novidade. No entanto, acreditamos que algumas organizações não estão a tirar proveito deste benefício e por isso iremos aprofundar um pouco mais este tema.
O HUB permite utilizar no Azure as licenças de Windows Server que a organização detém para instalação On-Premises. Trata-se do conceito Bring Your Own License (BYOL). Para isso, as licenças de Windows Server precisam de estar cobertas por um contrato de Software Assurance ativo. Por exemplo, quem tem contratos Microsoft OVS ou EAS e tem licenças de Windows Server incluídas no contrato, tem direito a utilizar este benefício.
O HUB pode ser aplicado a licenças Windows Server Standard ou Datacenter. Por cada licença de 2 Processadores ou 16 Core, a organização tem o direito de utilizar as suas licenças no Azure, em duas Virtual Machines com o máximo de 8 Cores por VM ou numa VM com o máximo de 16 Cores. No caso de se utilizar uma licença de Windows Server Standard, a licença pode ser atribuída e utilizada no ambiente On-Premises ou numa VM que esteja no Azure. Não pode ser utilizada nos dois ambientes em simultâneo. Se utilizar uma licença de Windows Server Datacenter, a licença pode ser atribuída e utilizada simultaneamente no ambiente On-Premises e no Azure.
Utilizando este benefício, reduz-se o custo da VM no Azure em cerca de 40%, ou seja, fica semelhante ao custo de uma VM baseada em Linux, pois não tem o encargo da licença do sistema operativo. O HUB possibilita a utilização de Windows Server 2008R2, 2012, 2012R2 e 2016.
A forma mais fácil de utilizar o HUB é utilizando as imagens específicas do Marketplace que são pré-configuradas com este benefício.
Também poderá criar uma Virtual Machine com o sistema operativo pretendido e nas configurações utilizar a opção “Save Money”.
Outra opção é criar a Virtual Machine no ambiente On-Premises e migrá-la para o Azure. Para isso, precisa primeiro de criar o VHD que contém a instalação base do Windows. Depois de criar o VHD e de o preparar adequadamente através do Sysprep, pode fazer o upload da imagem para uma conta de armazenamento do Azure, através do Azure PowerShell.
Será necessário especificar um parâmetro adicional denominado -LicenseType. Depois de carregar o VHD no Azure, deve-se especificar o tipo de licenciamento com um comando semelhante a este:
New-AzureRmVM -ResourceGroupName "myResourceGroup" -Location "West Europe" -VM $vm -LicenseType "Windows_Server"
Depois de alterar o parâmetro, pode verificar se o tipo de licença está correto. Se o parâmetro LicenseType for “Windows_Server”, significa que a Virtual Machine está configurada para utilizar a licença de Windows Server da organização e não a do Azure.
O que nós dizemos
É uma boa forma de diminuir custos com a utilização de serviços Cloud do Azure. Reforçamos que apenas está disponível para organizações que tenham o licenciamento Windows Server com Software Assurance, sendo este mais um benefício a juntar a tantos outros que são disponibilizados e muitas vezes não aproveitados. Claro que não é apenas por este benefício que se opta por ter Software Assurance mas ajuda a justificar a opção.
A Microsoft, no caso das licenças Windows Server Datacenter, podia aumentar o número de instâncias a serem executadas no Azure (no máximo duas por licença). Isso poderia levar a que as organizações passassem mais sistemas para o Azure e abandonassem mais rapidamente os ambientes On-Premises.
Também é possível utilizar este benefício para o Windows Client através da licença de Windows 10 Enterprise E3 e E5, mas atualmente apenas está disponível em versão preview.
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