Build 2015

Publicado a 4/30/2015 por Knowledge Inside em Mercado
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No dia 29 de abril teve início uma das maiores conferências mundiais para programadores e o maior evento do ano da Microsoft. Quer saber porquê?

A Microsoft chamou a si todas as atenções no fim do mês de abril com a conferência 2015 Microsoft Build, que reuniu vários milhares de programadores das mais variadas plataformas para ouvirem o que a empresa de Redmond tem a dizer no que a programação, software e plataformas diz respeito.

A abertura da conferência ficou a cargo de Satya Nadella, CEO da empresa, que fez questão de sublinhar a razão porque é o principal responsável por uma das maiores mudanças estratégicas da multinacional americana nos últimos anos. O homem forte da Microsoft, que assumiu declaradamente a aposta em tecnologias móveis e na cloud, sublinhou que a empresa se prepara para enfrentar três grandes transformações: a necessidade de tornar a cloud mais inteligente, de reinventar a produtividade e os processos de negócio e a forma imperativa como é preciso alterar a computação pessoal.

Como seria de esperar, o Windows 10 assumiu um papel de relevo na abertura da conferência. Joe Belfiore – responsável pela divisão Windows – deu finalmente a conhecer de forma oficial o nome do novo browser. O Microsoft Edge vai integrar extensões e irá incluir – como era esperado – a Cortana. A principal notícia para a comunidade de programadores, todavia, é a compatibilidade das apps concebidas para iOS e Android para o Windows. Desta forma, a Windows Store vai suportar apps Android desenvolvidas em Java/C++, e será possível converter as apps iOS desenvolvidas em Objective C através do Visual Studio.

Também os serviços mereceram especial destaque na abertura do Build, muito especialmente, e como seria de esperar, os serviços Cloud. Esta é a área de maior crescimento da Microsoft e a empresa aposta claramente nos serviços online como um setor estratégico, através do qual quer canalizar o modelo de licenciamento de software, numa rutura total com o modelo de venda de aplicações usado durante décadas. O CEO da Microsoft lembrou que mais de 40 por cento da receita gerada pelo Azure provém de startups e há neste momento mais de 50 triliões de objetos guardados no sistema de armazenamento do Azure, que gere mais de um milhão de servidores.

Uma vez que vai merecer uma apresentação especial em breve, o Office 365 não recebeu a atenção que à partida seria de esperar. Foi mostrada em palco a forma como é garantida a integração das várias aplicações desta suite com apps de terceiros, que podem tirar proveito das capacidades dos conhecidos produtos da Microsoft, que oferecem agora ainda melhores capacidades de integração. De resto, a maior abertura à comunidade foi uma das ideias centrais da apresentação principal do Build 2015: um indicador de que a empresa parece estar a adotar uma estratégia de maior colaboração com a comunidade de developers e com outras empresas.

O que nós dizemos
Com um peso muito próprio e um nome que arrasta uma história de décadas no desenvolvimento de software, na construção de plataformas, na disponibilização de serviços e na inovação tecnológica, a Microsoft viu-se recentemente a braços com uma mudança de estratégia inerente à nomeação de Satya Nadella como novo CEO. O facto de ser o ex-gestor da divisão Cloud a comandar o barco parece querer dizer muito sobre o rumo que a empresa está a tomar. De resto, a cloud assume claramente uma maior preponderância na empresa, onde os serviços parecem estar a traçar o rumo para os próximos anos. Nomes como o Office e o Windows aparecem nas bocas de todos os participantes desta conferência, assim como a plataforma Azure, sinónimo de cloud, da qual deveremos ouvir falar cada vez mais vezes.

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