Com todo este alarido em cerca da Cloud nos últimos anos, podemo-nos questionar, se quem decide não mover os seus recursos de TI para a cloud está de alguma maneira a ficar para trás e a comprometer ou não o seu negócio. A resposta para esta questão não é absoluta e dependerá muito do negócio e do perfil da Empresa.
Se para uma startup, dificilmente se coloca em questão a utilização ou não da Cloud, para uma empresa já estabelecida dependerá de imensos fatores. Existem inúmeras razões que, pelo menos à partida, poderão parecer um entrave à adoção da Cloud. Por vezes são questões de regulação específicas da atividade da empresa, outras vezes a localização geográfica e a dificuldade de obter comunicações com qualidade, outras vezes, a empresa não encontra viabilidade financeira para a mudança, pois tem um perfil muito conservador de investimento em TI e ciclos de renovação tecnológicos superiores a 5 anos (ou até 10 anos imagine-se).
Mais razões existirão, umas mais válidas que outras, certamente muitas rebatíveis por uma análise cuidada. Falo por experiencia própria, até porque o nosso trabalho é também fazer esta análise para os clientes e garantir que seja qual a opção escolhida o cliente decide de forma informada e consciente do que será o melhor para a organização naquele momento.
Mas neste artigo o objetivo não é esgrimir argumentos a favor ou contra a Cloud. Vamos assumir que determinada empesa não adere a esta tendência da Cloud e mantém toda a sua infraestrutura dentro de casa num datacenter próprio. Afinal o que acontece?
Se a empresa é uma grande empresa, poderá ter a escala e a capacidade financeira necessária para implementar e operar dentro de casa todos os serviços que os clientes e colaboradores estão à espera nesta era moderna:
- Mobilidade - acesso à informação em qualquer local e dispositivo;
- Partilha – partilhar de forma simples e segura, ficheiros e outro tipo de informação com entidades externas (clientes, parceiros);
- Possibilidade de repor os dados à ultima versão versus o “backup do dia anterior”;
- Dar a mesma experiência de utilização aos utilizadores da sede e de todas as delegações;
- Planos de recuperação de desastre;
- Capacidade e performance a pedido. Quer porque esporadicamente surge a necessidade ou porque foi introduzido um novo serviço ou aplicação;
- Possibilidade de desenvolver e publicar aplicações de última geração (Apps) de forma rápida e simplificada;
- Hardware e software sempre atualizado e licenciado;
- Disponibilidade e SLAs de 99.99% ou mais em todos os serviços;
Para uma empresa média ou pequena, fica mais complicado conseguir tudo isto pelos seus próprios meios, aliás uma das grandes vantagens da cloud é a democratização das TI’s, mesmo empresas com pequena dimensão podem ter acesso a todo o tipo de tecnologia.
A verdade é que nesta era em que vivemos, tudo acontece em tempo real e poucos negócios se podem dar ao luxo de estar 2 ou 3 dias para responder a uma pergunta de um cliente ou com complicações para encontrar uma forma de partilhar um grande conjunto de ficheiros com um parceiro. É também pouco provável que um negócio se consiga manter de forma competitiva com hardware e software obsoleto e com quebras constantes de disponibilidade. A transformação digital está mesmo aí ninguém quer ver clientes a fugir para a concorrência porque são mais modernos, porque têm uma APP...
Em resumo, tudo se reduz a custo versus funcionalidades. Se para o seu negócio se manter competitivo for crítico modernizar-se e manter-se atualizado. Então certamente será mais caro e difícil faze-lo dentro de casa, mas não impossível!
