Acabaram-se as menções ao “Oslo”: a Microsoft começou a fazer o rollout do Office Delve (que teve o nome de código da capital Norueguesa), o seu serviço de trabalho colaborativo que funciona dentro do Office 365, e que havia sido revelado no início de 2014 pelos responsáveis da empresa de Redmond. Com o Delve, os utilizadores não precisam necessariamente de saber onde guardaram a sua informação e com quem a estão a partilhar.
O tempo gasto à procura de ficheiros e de informações vai reduzir-se substancialmente. Os dados necessários são facultados aos utilizadores “a pedido”, mas uma política de gestão de permissões define exatamente quem pode e não pode consultar determinadas informações.
O Delve conta com o Office Graph (pense nele como “o motor”) para definir determinadas relações entre pessoas, entre conteúdo e atividades dentro do ecossistema do Office 365, juntando, por exemplo, elementos do Exchange, SharePoint Online e Yammer e OneDrive for Business. A plataforma consegue disponibilizar conteúdo personalizado para o utilizador, “bebendo” dados do ecossistema Office Microsoft. De resto, o Delve tem a capacidade de descobrir que informação é mais útil ao utilizador através de uma análise das suas tarefas ao longo do tempo. O princípio é simples: quanto mais comunicação entre colegas houver, quanto mais trabalho colaborativo, partilha de ficheiros, mais útil se torna o Delve, já que a aplicação personaliza os dados de forma a que esta responda da melhor forma possível às necessidades dos utilizadores. O Office Delve faz com que não seja necessário saber exatamente o nome do ficheiro em que se estava a trabalhar, ou onde foi guardado. A plataforma mostra os ficheiros mais recentes e disponibiliza dados que estejam de alguma forma relacionados com as tarefas ou o trabalho em causa, ou que colegas de trabalho estão envolvidos no mesmo projeto ou em projetos de alguma forma complementares.
O que nós dizemos
A ideia por detrás do Office Delve é simples mas ambiciosa. Conseguir reunir num único local as informações necessárias para o utilizador, sem que este tenha que se preocupar com o “modus operandi” da solução, é mais um passo no trilho que dá clara primazia ao conteúdo em detrimento da forma. A capacidade de “aprender” com os hábitos do utilizador permite antever um cenário em que a plataforma se torna mais útil à medida que o tempo passa, uma vez que faculta dados mais importantes tendo em conta o contexto de utilização, informações sobre utilizadores com quem trabalha mais vezes ou informações anexas à tarefa em mãos, identificadas automaticamente. A integração do Office Delve no Office 365 parece ser um passo natural e sobretudo uma clara mais-valia para quem promove o trabalho colaborativo e utiliza as ferramentas da Microsoft.
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