A Technical Preview do Windows 10 já está disponível para download e avaliação. Saiba mais sobre o que o próximo sistema operativo da empresa norte-americana vai oferecer.
Foi em dezembro de 2013 que se começou a ouvir falar de uma atualização ao Windows 8. Com o nome de código Threshold, este update foi interpretado como um sistema operativo multiplataforma com inclusão de serviços. Em abril de 2014, na Build Conference, Terry Myerson, Vice-presidente da Microsoft para a área de Sistemas Operativos, anunciou uma nova versão do Windows, com suporte para aplicações da Windows Store na área de trabalho e um menu mais tradicional, que poderá vir a substituir o ecrã de abertura que se tornou na imagem de marca do Windows 8. Feitas as contas, e depois de alguma especulação, a multinacional de Redmond vai propor o salto do Windows 8.1 para o Windows 10. De resto, o próximo sistema operativo da Microsoft marca ainda a história como mais um passo na estratégia de unificação de produtos da empresa: a ideia é juntar as plataformas de PC com Windows com Windows Phone e outras famílias de produtos com Windows em torno de um core interno comum a todos.
Revelado em setembro de 2014 – finalmente sob o nome Windows 10 – o sistema foi anunciado como a “plataforma mais abrangente de sempre”, na forma como junta computadores, portáteis, tablets, smartphones e outros dispositivos em torno de uma interface de utilização semelhante à do Windows 7, especialmente indicada para equipamentos que não contam com ecrãs táteis. Ainda assim, os utilizadores que utilizam equipamentos com ecrãs táteis (e que viram no Windows 8 um novo aliado de peso) têm também a certeza de que a interface do Windows 10 irá fazer “evoluir” a experiência de utilização. De resto, a interface de utilização do Windows 10 terá uma invulgar capacidade de adaptação ao equipamento onde o sistema operativo vai estar instalado – garantindo diferentes tipos de controlo, de comportamento e de introdução de texto, por exemplo. Vai contar ainda com um novo sistema de desktop virtual conhecido como Task View, que permitirá aos utilizadores “saltarem” entre janelas de tarefas, programas ou mesmo entre vários espaços de trabalho. As apps da Windows Store, anteriormente utilizáveis apenas em modo de ecrã completo, estão agora disponíveis em modo de janela.
Além disso, o sistema vai contar com a inclusão do assistente de voz Cortana, anteriormente disponível nos telemóveis, e que permite uma maior interação com o utilizador, nomeadamente no que respeita à redação de documentos ou envio de emails sem ser necessário usar teclado.
O Windows 10 vai oferecer um novo motor de rendering (Edge), concebido para melhor lidar com a interoperabilidade da internet dos dias de hoje. Neste campo, aliás, irá disponibilizar um novo web browser (juntamente com o Internet Explorer) designado Spartan – ambos usam o Edge como motor, mas apresentam retrocompatibilidade com MSHTML.
Estas são apenas algumas das inúmeras alterações propostas pelo Windows 10, mas nada como ver para crer. A Technical Preview do Windows 10 já está disponível para download (em inglês ou português do Brasil). Para poder testar esta versão, o utilizador deve inscrever-se no Windows Insider Program e verificar os requisitos técnicos necessários para o novo sistema operativo. Mas não se preocupe: se a sua máquina é capaz de suportar o Windows 8, então vai conseguir lidar com esta versão. Veja mais em http://windows.microsoft.com/en-us/windows/preview-iso e em http://blogs.windows.com/bloggingwindows/2014/09/30/announcing-windows-10/.
O que nós dizemos
Independentemente das alterações propostas na interface, no comportamento do sistema, na utilização de aplicações ou no design geral do Windows 10, o que nos parece mais importante, do ponto de vista estratégico, é a forma como a Microsoft encara o ecossistema aplicacional e de hardware: numa plataforma partilhada com interoperabilidade garantida e um core comum que é capaz de assegurar uma experiência transversal, independentemente do equipamento que o utilizador usa.
O Windows 10 propõe “uma família de produtos, uma plataforma, uma loja”, e dá indicações de ser o passo mais importante na separação do que era um sistema operativo de software face de um sistema operativo de ambiente de trabalho abrangente multiplataforma, multiuso e multifacetado. Além disso, o facto de ser gratuito durante um ano para os utilizadores de Windows 7 e Windows 8.1 é uma mais-valia incontornável, e que poderá ser um argumento decisivo na adoção do novo sistema operativo. |