Reduzir a Fatura de Energia com a Cloud

Publicado a 3/30/2015 por Knowledge Inside em Opiniao
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Não será grande novidade que a utilização de sistemas Cloud pode contribuir para uma redução da fatura energética das empresas. De facto, o consumo de energia mesmo de um pequeno datacenter de uma PME pode ser muito significativo, pelo que a externalização do datacenter ou a migração para soluções Cloud pode traduzir-se numa poupança de custos também a este nível.

O que observo é que por vezes, quando se está a analisar a viabilidade financeira de uma migração para a Cloud, principalmente em PMEs, o consumo energético é deixado de lado. Aliás, não só não é avaliado o impacto na fase de análise, como também não são medidos os ganhos energéticos após a implementação do projeto, que apesar de simples observação (basta reparar na redução do valor da fatura) acabam muitas vezes por não ser imputados à migração para a Cloud.

Em PMEs com datacenters que por vezes são pequenas divisões com 4 ou 5 servidores, equipamento de rede e um ar condicionado, por vezes não existe uma noção clara de qual o consumo energético associado. Nestes casos, uma análise empírica descomplicada pode-nos dar uma ideia do valor em Euros que podemos poupar se desligarmos o datacenter.

A regra para este cálculo é a seguinte: por cada servidor consideramos cerca de 250W de consumo, ao qual somamos outros 250W necessários para equipamentos auxiliares associados e arrefecimento. Deste modo chegamos a um número redondo de 500W por servidor ou seja 12kWh por dia se o servidor estiver ligado 24 horas por dia. Num ano chegamos ao valor aproximado de 4380kWh por servidor o que se traduz num custo anual de cerca de 700€ se considerada uma tarifa de 0,16€ por kWh. A estes valores ainda teremos de somar o IVA que atualmente se encontra nos 23%.

Exemplos:

  • Um mini datacenter com 5 Servidores: 3500€ anuais (4305€ se considerarmos o IVA).
  • Um pequeno datacenter com 15 servidores e uma storage area network (350W): 11481€ anuais (14121€ se considerarmos o IVA).
    Estes valores são significativos quando analisamos o impacto financeiro da mudança para a Cloud. Podem inclusive fazer a diferença e condicionar decisões.

Dependendo dos casos, pode não ser assim tão complicado obter uma leitura real do consumo. Se existir por exemplo uma UPS onde todo o equipamento de IT está ligado, podemos facilmente extrair daí grande parte da informação, pois a UPS informa qual o consumo em KWh. Grande parte dos servidores e equipamentos de storage indicam também, através de ferramentas de gestão, o consumo energético. Desta forma, ficará apenas por apurar o custo de arrefecimento para o qual poderá utilizar a regra de 1KWh de arrefecimento para cada kWh de energia consumida pelos servidores, ou seja duplicar o consumo registado pela UPS ou pelo servidor.

A somar aos benefícios financeiros da redução do consumo energético, a migração para a Cloud ajuda a reduzir a pegada ecológica e tornar as organizações mais “verdes”. Se tem uma proposta de migração em cima da mesa, não deixe de analisar as poupanças em consumo energético!

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