Desde 2015 que a SpaceX tem vindo a desenvolver o seu projeto de operador de comunicações recorrendo a uma constelação de milhares de satélites a orbitar a uma curta distância da terra. O objetivo é simples, proporcionar acesso à internet de banda larga em qualquer ponto do planeta.
Com cerca de 655 satélites já em órbita, começaram em Agosto os primeiros testes privados e os resultados são muito animadores. Divulgados num canal do reddit, os testes, mostram larguras de banda entre os 11 e os 60 mbps em download e os 4 e os 19 mbps em upload, com latências a variar entre os 20 e 90ms.
Os números anunciados apesar de bastante distantes do que temos ao dispor nos centros urbanos, já fazem frente às atuais ofertas comerciais via satélite. Tudo indica que após mais testes, afinações e também quando completa a rede de cerca de 12000 satélites que a Starlink pretende colocar em órbita, se chegue finalmente a taxas de transferência na ordem dos 1 Gbps.
Para além das taxas de transferência, a grande limitação da comunicação via satélite é a alta latência, algo que a Starlink resolve colocando os seus satélites a apenas 550km de altitude, o que limita o tempo de vida do satélite, mas, faz uma diferença enorme no tempo que os dados demoram a ser transmitidos.
O equipamento terminal é uma simples antena circular do tamanho de uma pizza, com um braço robotizado para automaticamente se posicionar da forma mais adequada. Os preços do serviço serão similares aos que pagamos atualmente por um acesso banda larga convencional.
Com latências previstas na casa dos 15-20ms a Starlink vai possibilitar a qualquer meio rural ou até no meio de um oceano, o acesso a tecnologias sensíveis à latência, tais como jogos em tempo real, vídeo conferencia ou desktops remotos sem perda de qualidade, algo bastante difícil de alcançar hoje em dia.
A democratização do acesso à internet de banda larga vai ajudar a reverter a desertificação das zonas rurais do interior e também providenciar acesso à informação e educação em zonas do planeta onde é impossível implementar infraestrutura cablada por via terrestre.
A cadência de envio de satélites Starlink para o espaço continua a um ritmo quinzenal e os testes públicos estão previstos para o final deste ano nos Estados Unidos e Canadá. Espera-se que em 2021 o sistema seja disponibilizado para todo o planeta.
Para o nosso NIODO Desktop a baixa latência é importante para podermos providenciar a melhor experiência possível aos nossos clientes no acesso remoto ao posto de trabalho. A Starlink será assim uma solução de comunicações muito bem-vinda para garantir um acesso de qualidade em locais rurais onde não exista disponibilização de banda larga via 4G ou infraestrutura terrestre.