Apresentado no meio de muita expectativa, o Surface 3 mantém muitas das características dos seus predecessores, mas consegue, de acordo com a Microsoft, substituir o seu computador portátil e assegurar, ao mesmo tempo, toda a componente de utilitário de um tablet. O seu ecrã IPS de 12 polegadas com resolução de 2160 x 1440 pixels permite que aufira de dimensões reduzidas e um baixo peso (cerca de 800 gramas), o que promove a portabilidade e a autonomia.
De resto, e de acordo com o fabricante, a bateria tem uma duração de até 9 horas em modo de navegação na Web. O armazenamento varia entre os 64 GB e os 512 GB, consoante o modelo, e as restantes características também se alteram de acordo com a versão do Surface. A verdadeira questão está ao nível das diferenças para os seus irmãos mais velhos. Nesta comparação, a Microsoft apresenta argumentos convincentes. O Surface Pro 3 é mais fino e mais leve que as duas versões anteriores, mesmo com um ecrã mais generoso e uma resolução superior. A nova versão da kickstand torna a utilização mais simples e sobretudo mais confortável (utilização entre 22 e 150 graus), existindo total suporte para uma caneta digital, que está incluída. Se analisarmos atentamente as opções da Microsoft, reparamos que tudo no Pro 3 nos leva a acreditar que a companhia decidiu “encostar” o dispositivo mais a um notebook que a um tablet. Será que o consegue? O armazenamento, a escolha de processadores, o teclado confortável (infelizmente, ainda vendido em separado), a inclusão de uma caneta digital, a versatilidade do Windows 8.1, a adição de uma porta USB 3.0, a disponibilidade de um ecrã de alta resolução com excelentes ângulos de visão e o facto de oferecer estes argumentos num form factor mais reduzido e mais leve leva a Microsoft a merecer o destaque que o Surface Pro 3 está a ter.
O que nós dizemos É difícil não gostar da nova aposta da multinacional de Redmond. Os argumentos técnicos estão lá, como já é hábito. A folha que descreve os componentes é ambiciosa e, consequentemente, o seu comportamento é convincente. O desempenho é sólido e consistente e o look arrojado mistura a atenção ao detalhe com facilidade de uso. Se é fácil tecer elogios à nova máquina da Microsoft, é mais difícil perceber exatamente em que gama de produto deve ser colocada. Qualquer colaborador da empresa diria que o Surface é uma categoria em si mesmo, mas para quem tem smartphones, portáteis, desktops, tablets, consolas e afins em casa, precisa mesmo de mais uma categoria de produto? No nosso entender, e muito embora o Surface Pro 3 seja o melhor computador que a empresa americana concebeu até hoje, ele funciona melhor, no dia-a-dia, como um substituto do tablet que propriamente como um notebook. Face às versões anteriores, é melhor em tudo, e consegue num design mais compacto e com um look muito atraente convencer quem gasta alguns minutos com esta nova coqueluche nas mãos.
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