Surface PRO 3

Publicado a 10/30/2014 por Knowledge Inside em Review
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A Terceira geração do Surface chegou a Portugal sem grande alarido no final de Agosto e promete ser o tablet que substitui o seu portátil.

Na linha do que já acontecia com o equipamento anterior, o novo Surface é um híbrido que tem todas as funcionalidades de um portátil e também, quando removido o teclado, de um tablet. O sistema operativo Windows 8.1,com os seus dois distintos ambientes (Desktop e Windows Store Apps) cai que nem uma luva a este equipamento, pois ao contrário de um ultrabook ou de um tablet, com o Surface acabamos por utilizar o Windows nos seus dois modos.

A Microsoft assegura que este equipamento pode ser verdadeiramente uma máquina de produtividade elevada e que substitui na perfeição um portátil ou quando ligado a um monitor e teclado externo pode inclusive substituir o desktop.

Com um ecrã de 12 polegadas, os seus 0,91cm de espessura e 800 gramas de peso e configurações que podem ir de um processador Core i3 com 4Gb de RAM e 64GB de disco até ao mais potente Core i7 com 8GB de RAM e 512GB de disco, mostram que pelo menos no papel a Microsoft pode estar certa.

Passando da teoria à prática, o que encontramos é uma máquina com um feel premium, bastante bem construída, leve q.b. e com um ecrã espetacular. O teclado retro iluminado (não incluído de base) permite uma escrita natural e confortável, no entanto ainda muito distante do conforto e performance de um teclado de um portátil. Este mesmo teclado, quando removido transforma o Surface num tablet, que apesar das generosas dimensões revela uma agradável experiência de utilização.

A caneta, incluída de base, é um bónus adicional a este equipamento e funciona de uma forma bastante realista, com uma boa sensibilidade à pressão que efetuamos no ecrã que se traduz num traço mais ou menos fino. Ao carregar no botão da caneta, abre-se imediatamente o OneNote mesmo que o Surface esteja desligado. A autonomia da bateria, que era um dos grandes problemas da versão anterior permite em utilização normal (email, internet, aplicações Office) cerca de 8 horas de utilização, o que é um valor bom, mas que não se destaca dos melhores ultrabooks do mercado e fica muito aquém de um tablet.


O Surface PRO 3 tem apenas uma porta USB 3.0 e uma ligação mini displayport disponível. Esta última, quando ligada a um displayport hub ou a monitores que suportam daisy chain, permite estender o ecrã do Surface a dois monitores externos o que torna este pequeno equipamento numa máquina desktop de alta produtividade. Existe também como acessório uma docking station que permite aumentar as opções de conetividade e tornar este dispositivo num autêntico posto de trabalho.

Em conclusão, achamos que este Surface só fará sentido para o comprador se realmente conseguir substituir o tablet e o portátil, isto porque o preço, se juntarmos os 139,99€ do teclado (acessório indispensável), está a par de um ultrabook com características de hardware equivalentes.

Se é um utilizador intensivo de portátil o teclado pode representar uma limitação, pois apesar de agradável não está ao nível do que encontramos num verdadeiro ultrabook. Se por outro lado utiliza maioritariamente o portátil com um teclado e rato externo e/ou recorrendo a uma docking station, então pode estar perante a máquina 2 em 1 ideal.


O que nós dizemos
Após 30 dias de utilização do Surface PRO 3, os sentimentos são mistos. Quando estou no escritório, o Surface, que está ligado a dois espetaculares monitores DELL de 24 polegadas, responde de forma ultra satisfatória e permite que passe diretamente para uma reunião de forma simples e sem ter que me preocupar com um equipamento adicional. No entanto, quando estou fora e preciso de um portátil por longos períodos de tempo, confesso que sinto a falta de um ecrã um pouco maior (talvez de 13.3”) e de um teclado “verdadeiro”.

Talvez seja apenas uma questão de habituação, uma vez que na realidade o Surface acaba por cumprir tudo o que lhe exijo e a sua portabilidade e autonomia revelam-se uma mais-valia incrível no meu caso. Para já, ainda não posso dizer que me substitui em pleno o portátil, mas é sem dúvida um equipamento que já me conquistou!

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