WebSummit 2023: um marco para a inovação e a transformação na era digital

Publicado a 11/29/2023 por Knowledge Inside em Opiniao
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A Web Summit marcou lugar em Lisboa, entre os dias 11 e 14 de novembro, um evento marcante para o setor da tecnologia, do empreendedorismo e da inovação na Europa e no mundo.

Durante quatro dias, mais de 70 mil participantes de 153 países reuniram-se na capital portuguesa para partilhar ideias, conhecimentos, experiências e oportunidades de negócios. 
Para além da polémica, esta edição ficou marcada pelo número de start-ups e participantes do sexo feminino presentes, estabelecendo um recorde. Cerca de 2.608 start-ups de 93 países fizeram-se representar nesta edição. Cerca de 43% dos participantes e 38% dos oradores são mulheres.   

Marquei presença pela primeira vez na Web Summit, fazendo parte das 43% participantes femininas.  Como recente colaboradora da KI e entusiasta pela tecnologia tentei explorar toda a diversidade que a Web Summit oferece.  

Não posso esconder que estava um pouco apreensiva, pois não sabia o que esperar desta edição depois da retirada de grandes marcas e unicórnios tecnológicos, devido às declarações do ex-CEO, Paddy Cosgrave. Confesso que queria ver ‘os grandes’ como a Microsoft, Google, Meta e Amazon em ação.  

Todo o evento proporciona um ambiente propício para o networking, troca de contatos e até parcerias entre os participantes, o objetivo era interagir com investidores, jornalistas, parceiros e potenciais clientes. Oportunidades não faltaram para interagir com outros participantes.  

Achei interessante a variedade de temas abordados, assisti a diversas sessões que abordavam temáticas desde o desporto e cultura, sustentabilidade, educação à inteligência artificial. 

A inteligência artificial foi o tema central desta edição, os debates giraram em torno do poder e do impacto social da IA, para além dos desafios e perigos que esta traz.  
 
‘AuthorGPT: Writing the world’s next bestseller’, será o Chat GPT capaz de escrever o próximo bestseller? Esta foi uma das sessões a que assisti e que desde o início despertou a minha curiosidade. Estavam reunidos 3 autores de diferentes áreas que abordaram o tema, as principais preocupações prendiam-se à segurança dos direitos do autor, à falta de experiência pessoal e falta de sentimentos. A minha opinião? Não, o Chat-GPT não é capaz disso, coincidiu com a opinião do painel. Mas alguns espectadores acreditavam que esta IA era capaz de o fazer.  

As questões climáticas também tiveram um papel de destaque, mostrando a preocupação em relação ao tema da sustentabilidade no mundo da tecnologia, de que modo a tecnologia pode contribuir para um amanhã mais verde e consciente. Um dos momentos mais marcantes foi a palestra de Melanie Nakagawa, Diretora de Sustentabilidade da Microsoft, que explicou como a IA pode ser uma ferramenta aliada na luta contra as mudanças climáticas.  

A IA na Educação também foi um assunto a ser abordado, os desafios de juntar as inovações tecnológicas com os métodos de ensino mais tradicionais, assim como as tendências futuras na educação, realçando a importância de ajustar os sistemas educativos à era digital. 

Foi sem dúvida, um evento que contribuiu para o desenvolvimento e transformação da tecnologia e da sociedade na era digital. Foi uma oportunidade única para aprender com os especialistas, explorar as tendências emergentes e descobrir oportunidades de negócios no mundo da tecnologia.  

Contudo, acho que a Web Summit pode estar comprometida quanto ao seu propósito original e à sua relevância. Anteriormente, a Web Summit tinha apenas uma edição exclusiva, era um evento único. Hoje é visto como um evento comercializado, sinto que perdeu a sua essência.   

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