A review deste mês vai-se focar no novo sistema operativo da Microsoft, o Windows 11, que será lançado em Outubro. É o primeiro sistema operativo para consumidor da Microsoft a ser lançado desde 2015, quando a Microsoft lançou o Windows 10, e que representou uma alteração de paradigma. Desde então a marca americana que em vez de criar novos sistemas operativos preferiu ir evoluindo e refinando o mesmo sistema operativo durante 6 anos. Ficou até bastante famosa uma frase de um funcionário da Microsoft aquando do lançamento do Windows 10 ao afirmar que esse sistema operativo seria a última versão de Windows que a Microsoft lançaria.
Assim sendo, não deixou de ser com alguma surpresa quando em Junho a Microsoft anunciou que iria lançar uma nova versão do Windows chamada Windows 11. Quanto ao porquê desta decisão apenas poderemos especular, mas é difícil não o associar a uma ameaça cada vez maior de outros SOs como os da Apple e Google, o boost da venda de PCs causado pela pandemia de COVID-19 e porque em termos de imagem o lançamento de algo tão marcante como um novo sistema operativo é sempre algo positivo para a marca.
Apesar de não estar ainda disponível uma versão final para os utilizadores, já é possível testar uma versão preview que tem maior parte das funcionalidades disponíveis, embora ainda com algumas omissões relativamente à versão definitiva.
A primeira grande diferença que notamos ao entrar na nova versão do Windows, e provavelmente a sua mais controversa, é a colocação do menu iniciar no centro do ecrã, contrastando com a colocação na esquerda do mesmo, algo que era uma característica deste SO desde o Windows 95. No entanto esta é a definição por defeito deste menu, podendo a sua posição ser alterada facilmente nas definições do mesmo para a posição na esquerda a que a maioria dos utilizadores está habituada
Uma análise mais atenta deste mesmo menu revela que os Live Tiles desapareceram, dando lugar a simples ícones, numa tentativa de otimizar ainda mais a facilidade de utilização e rapidez deste mesmo menu. A pesquisa pode continuar a ser feita no mesmo ou no menu dedicado clicando na lupa na barra de tarefas, com a vantagem de que utilizando a lupa temos um histórico das nossas pesquisas.
A segunda grande alteração para maior parte dos utilizadores será o novo look do Explorador do Windows. O antigo laço desaparece e no seu lugar passamos a ter uma barra de ferramentas mais minimalista e que ocupa menos espaço do ecrã. Os ícones por defeito também estão mais espaçados para facilitar a vida a utilizadores de equipamentos com ecrã táctil, podendo, no entanto, essa definição ser alterada se preferirmos uma visualização mais compacta.
O menu de right click também sofreu uma grande alteração, tendo as ações mais comuns (copy, paste, etc) sido agrupadas no topo do mesmo em forma de ícones, para permitir uma acesso mais rápido e intuitivo às mesmas.
Outra grande alteração (provavelmente a maior e mais importante para segmento IT empresarial) é o completo redesenho do menu de Definições do Windows. Não só é mais completo que o menu do Windows 10, permitindo assim evitar o recurso ao antigo Painel de Controlo, como também o seu layout foi alterado para uma experiência mais fácil e intuitiva. Ao contrário do Windows 10, não é preciso retroceder para alterar entre secções, uma vez que as mesmas se encontram todas num menu vertical no lado esquerdo, permitindo alternar entre as mesmas diretamente.
Em termos de segurança, a maior alteração, e que tem levantado alguma polémica, é o facto de 2 dos requisitos mínimos serem o dispositivo ter um chip TPM 2.0 e ter o SecureBoot activo. Isto leva a que pcs mais antigos possam ser impedidos de fazer o upgrade para o Windows 11, mas acaba por aumentar o nível de segurança do sistema operativo para todos os que o podem instalar.
São também de realçar as seguintes novidades:
• Possibilidade de instalar apps Android através da store da Microsoft
• O Teams é agora a app de chat por defeito do Windows 11, estando uma versão light da mesma integrada diretamente no sistema operativo.
• A possibilidade de criar grupos de janelas chamados snap groups, que se minimizam automaticamente quando diminuímos o número de monitores, e voltam ao layout original quando deteta que o número de monitores voltou a aumentar.
• A Microsoft reclama maior rapidez em relação ao Windows 10, devido a uma melhor optimização de todos os processos a correrem em 2ªplano.
• Melhoria no Windows Hello que permitem uma diminuição até 30% do tempo que demoram a ter uma sessão activa.
O que nós dizemos
É com alguma antecipação que na KI aguardamos o lançamento deste novo sistema operativo. Não só visualmente acaba por ser uma lufada de ar fresco tendo em conta que a versão anterior já estava há 6 anos no mercado, como tudo indica irá trazer melhorias significativas para utilizadores e departamentos de IT.
Estas mudanças referem-se não só a novas funcionalidades, mas também a um aumento da segurança, tudo isto aliado a uma maior rapidez e facilidade de utilização do sistema operativo.
O facto de pcs mais antigos poderem não ser compatíveis pode levantar algumas questões, mas na KI vemos isso como uma inevitável dor de crescimento e que levará a que os parques informativos sejam alvo de um rejuvenescimento que em muitos casos há muito era devido.
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