Microsoft Copilot Studio: IA low‑code para agentes inteligentes com integração diária

Desde o seu lançamento, o Copilot Studio tem-se afirmado como a principal plataforma low‑code da Microsoft para criação de agentes de IA capazes de automatizar processos, responder a perguntas e agir em nome dos utilizadores. A experiência de construção é verdadeiramente guiada: descreve-se o que se pretende em linguagem natural ou recorre-se ao editor visual, incorporam-se fontes de conhecimento e publica-se o agente diretamente nos canais suportados — como chat no Teams, SharePoint, web ou mesmo WhatsApp — tudo dentro da governança do Microsoft 365.

O grande trunfo da plataforma é a integração com dados internos: agora, os agentes conseguem aceder diretamente a SharePoint Lists como fonte de conhecimento, lendo todas as linhas e colunas com base nas permissões definidas — ideal para consultas instantâneas sobre dados organizacionais, sem recorrer a workarounds complicados. Isto representa uma enorme mais-valia para empresas onde a informação está estruturada em listas colaborativas.

A funcionalidade Computer Use (em preview e disponível apenas nos EUA até agora) representa uma mudança de paradigma. Permite que o agente execute tarefas em interfaces gráficas — clicar botões, navegar menus, preencher formulários — mesmo sem APIs. Baseada num modelo de IA com visão e raciocínio, adapta-se automaticamente a mudanças na interface, mantendo os fluxos ativos. Este recurso avançado está acessível a clientes com pelo menos 500 000 mensagens e em ambientes certificados nos EUA.

Neste contexto, é inevitável traçar uma ponte direta com o Agent Mode do ChatGPT, que também permite ao sistema agir num ambiente virtual com browser visual e terminal. Enquanto o ChatGPT Agent executa tarefas em múltiplos passos com browsers, APIs e scripts, o Computer Use oferece uma automação semelhante para aplicações empresariais tradicionais sem APIs — apontando para uma convergência entre agentes empresariais (Copilot Studio) e consumidores (ChatGPT).

Além disso, a wave de 2025 trouxe capacidades como multi‑agent orchestration, permitindo que vários agentes cooperem para atingir objetivos complexos; file grouping, que ajuda a organizar documentos por temas e orientar o comportamento do agente em casos distintos; e a integração com Outlook, Teams e generative answers, fortalecendo o contexto conversacional.

Em termos de governance, auditoria com Purview, controlo por função, encriptação gerida pelo cliente e escalabilidade são pilares essenciais da experiência de criação de agentes confiáveis e seguros.

Naturalmente, ainda existem áreas a melhorar, sobretudo em contextos complexos de manipulação de dados ou automatização atravessando múltiplas fontes. A interface mantém a complexidade típica da Power Platform e requer um certo nível técnico para que se possa tirar o melhor partido.

Ainda assim, a plataforma destaca-se pela velocidade de desenvolvimento, governança robusta, fácil integração no Microsoft 365 e crescente capacidade de automação visual.

O que nós dizemos

Na nossa visão, o Copilot Studio está a evoluir com uma velocidade impressionante. É uma plataforma pensada para equipas de negócio que querem tirar partido da IA. O acesso a SharePoint Lists e a automação visual com Computer Use (embora ainda limitada geograficamente) mostram que a Microsoft está a transformar os agentes em ferramentas verdadeiramente capacitadoras. A ponte com o agente do ChatGPT reforça uma convicção forte: estamos perante o futuro dos assistentes de produtividade autónomos.

O ritmo de inovação é vertiginoso e representa uma oportunidade rara para entrada antecipada. Ainda há aprendizagens a fazer, especialmente na usabilidade e gestão de cenários mais sofisticados. Mas é seguro dizer que esta plataforma irá definir os standards de automação inteligente empresarial no ecossistema Microsoft.

Estou completamente eletrizado com o que está a acontecer — o universo da IA está a afirmar-se como o motor de produtividade das empresas!